A apresentação do espetáculo Encontros na 12ª edição da Mostra Alagoana de Dança, hoje, dia 25 de setembro, foi uma oportunidade especial, sobretudo pelo fato de termos experienciado a relação com um público diferenciado. Reações novas, vieram da platéia, e levaram-me à algumas reflexões. Fico pensando nas reações de timidez que por vezes nos assolam quando nos vimos expostos ao outro. Na maioria das vezes reagimos com o riso, ou, o riso, pode ser uma boa escapatória para esses momentos. O riso que veio da platéia ressoou para mim como algo assim. Parecia que o espetáculo estava revelando coisas que pertencem a cada um de nós, alagoanos, nordestinos, brasileiros e isso, de algum modo, gerava uma inquietação, uma exposição talvez que os pegavam de surpresa. Pretensiosa pode ser essa minha suposição. Talvez não passe de uma leitura poética pelo desejo de ter tocado a platéia nesse lugar do "espelhamento".
Também os aplausos em cena aberta durante o solo do Edson, no momento em que este fazia um movimento tão singular "do pássaro", um movimento que não passa por nenhuma codificação pré-existente... este também foi um momento bastante significativo. Estou grata!