A Cia dos Pés esteve em São Paulo entre os dias 15 e 19 de maio realizando ensaios abertos em Campinas, na sede do grupo Lume e na capital na faculdade de dança Anhembi Morumbi. Uma experiência de troca riquíssima para o grupo onde tivemos a oportunidade de experimentar novos públicos, escutar as pessoas, e que pessoas! sobre as suas impressões do trabalho, receber criticas e sugestões que irão alimentar nosso processo. Em campinas tivemos a apreciação de integrantes do grupo Lume e de artistas pesquisadores do projeto Temáticos coordenado por Renato Ferracine. Na Anhembi Morumbi, além de alunos do curso superior de dança contamos com as presenças mais que ilustres e afetuosas das amigas e companheiras de trabalho de longa data valéria Cano (Coordenadora do Curso), Lu Favoreto, Sonia Sobral e Elizabeth Menezes. A recepção ao nosso trabalho foi muito boa, escutar os comentários desse público foi valioso demais para nós e com certeza nosso trabalho irá crescer depois dessa experiência. Super obrigada a Flavio Rabelo e Valéria Cano pela colaboração à realização dessa empleitada e a todos que compareceram para nos assistir.
Além dos ensaios abertos tivemos a oportunidade de assistir a estréia do espetáculo HUMUS da Antônio Nóbrega Cia de Dança no dia 17 e ao Balé da Cidade de São Paulo no dia 18.
Sobretudo, toda a experiencia foi regada a afeto, encontros, encontros, encontros...humanos! que mais vale mais que isso?!
Super valeu a viagem, rápida e intensa como São Paulo!
Olá! Sou a Talita, aluna da Universidade Anhembi Morumbi, que fez o comentário sobre o trabalho de vocês, comentário este que Telma disse que gostaria de ter por escrito. Bem, não tive acesso ainda ao vídeo, mas apenas a uma gravação de áudio, a qual não consegui compreender muito bem. Queria muito ter acesso ao vídeo para poder resgatar o que expus a fim de melhor desenvolver a ideia. Bem, enquanto isso não acontece, gostaria de deixar algumas palavras/ impressões que ficaram em minha mente da nossa vivência:
ResponderExcluir- o corpo como ele;
- partir do individual para o coletivo;
- a melhor relação se dá quando, para que esta se instaure, eu parto de um conhecimento de mim mesmo;
- o corpo é o que eu tenho de mais próprio meu, mas este corpo é resultado de tudo aquilo que o atravessou;
- parto do conhecimento do meu próprio corpo para então realizar o movimento dançante individual, para então realizar o movimento dançante coletivo;
- o melhor encontro se dá quando, inicialmente, tenho consciência e conhecimento do meu eu;
- a percepção de mim mesmo gera a possibilidade de diálogo com o diferente, com o outro;
- se não me conheço, não há a possibilidade de conhecer o outro e muito menos de viver o que o outro propõe;
- quando me aproprio de algo já codificado e faço com que isso atravesse o meu corpo, este algo ganha um novo significado, possibilitando assim a comunicação de algo novo;
- mesmo quando falo de algo particular é possível que haja empatia;
- quando falo de um eu que se relaciona com o outro, mesmo que seja bastante particular, falo de algo com o qual qualquer pessoa pode se identificar;
- a dança que se dá num determinado corpo nunca se dará noutro corpo, mesmo que ambos estejam dançando a mesma partitura;
- o efêmero e particular do coletivo e da comunicação.
Bem, por ora é só!
Mais uma vez, muito obrigada pela riquíssima experiência.
Abraços,
Talita.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirTalita aqui está o link do vídeo de Encontros...desculpa a demora mais ocorreu um erro na nossa conta no youtube e tive que fazer outra!
ExcluirAPROVEITA EIM E OBRIGADO!
ABRAÇOS DANÇANTES!
https://www.youtube.com/watch?v=c3XeXDNU46A
Nós é que lhe agradecemos Talita, tanto por sua presença na apresentação e as valiosas observações, quanto pelo envio dessa mensagem. Estamos postando um vídeo no youtube que estará aqui no blog também, sobre o processo de criação de Encontros. Abraços, Telma
ResponderExcluirMuito obrigada Telma, pelo video e pela atenção. Valeu mesmo!
ExcluirAbraços dançantes! =D
Nós é que lhe agradecemos Talita, tanto por sua presença na apresentação e as valiosas observações, quanto pelo envio dessa mensagem. Estamos postando um vídeo no youtube que estará aqui no blog também, sobre o processo de criação de Encontros. Abraços, Telma
ResponderExcluirOlá Talita, tudo bem. Venho te agradecer também por tuas lindas, generosas e inteligentes falas. Foi muito bom te ouvir falar e os outros alunos também. As discussões foram bastante pertinentes. Meu corpo ainda reverbera as ações proporcionadas. Penso que escutar o outro seja dos caminhos para se encontrar consigo mesmo. Um espanhol, professor de filosofia da educação chamado Jorge Larossa Bondiá fala que a experiência é "eso que me passa". Ou seja, tudo aquilo que passa, que me toma, que me acontece. Ela fala isso separando experiência do entendimento de informação. E mais ele fala que para que a experiência seja abrigada por um sujeito, há que haver pausa, silêncio uma abertura para escuta, de si mesmo e do outro. Estou falando dele porque estou neste momento de pausa, de abertura para escutar, e fazer desta ação política da escuta, um caminho para ver-me, para ouvir-me, pois só assim poderei ser generoso e cúmplice da/na voz do outro. Não sei se faz algum sentindo o que estou falando, queria agradecer a todos os alunos de dança da Anhembi Morumbi e a coordenadora Valéria Cano que de alguma forma acionaram momentos volupiosos de reflexão e questionamento sobre o trabalho e sobre eu mesmo, um muito obrigado.Lembranças felizes. A amizade e a generosidade é o caminho. Beijos a todos!!!!!Xeru...Inté
ResponderExcluirO caminho da escuta, acredito eu, é o caminho pelo qual todos deveríamos passar... Deveria ser o caminho para o qual, independente de qual trilha estivéssemos seguindo, como que num toque de mágica, pudéssemos voltar... Feliz pelo teu momento, Regis! Beijos e, oxalá, inté!
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